quarta-feira, 3 de junho de 2009

Você.


Se não consegue ver, quer dizer que não existe?
Se não consegue tocar, quer dizer que não estava ali?
É sempre necessário que haja cor e forma?
Eu posso não ver, mas sei que existe.
Posso não sentir, mas sei que estava aqui.
Nem tudo precisa ser nomeado, rotulado, para funcionar ou mesmo existir.
Hoje sei, que mesmo que não te veja por muito tempo, você existe.
Sei que mesmo que você me esqueça, eu ainda vou me lembrar.
Lembrar do que imaginei, do que torci, e continuo torcendo, para ser real.
Parece que tudo que escrevo é sobre você...
Que ironia!
Logo eu, que sempre escrevi apenas sobre mim.
Não sei como isso pôde acontecer, já que nem ao menos te conheço...
Pelo menos não de verdade. Apenas superficialmente.
Pode ser que, se te conhecer de verdade, acabe me decepcionando. Mas duvido.
Enfim, não digo te amo, mas digo que preciso, quase que desesperadamente, te conhecer, conviver com você, saber de coisas que mais ninguém sabe.
Acho que quase sofregamente espero...
Espero que me olhe.
Espero que me note.
Espero que queira...
Mas, você não é do tipo "confiável".
Me bate, e depois diz que me ama.
Talvez seja por isso que não consiga me livrar da lembrança.
Talvez por isso, o seu nome não me saia da cabeça.
Talvez por isso, eu acorde todos os dias chamando por você
.
Satine